Abaixo segue artigo escrito pelo Prof. Dr. Jair Rodrigues Garcia Junior, o texto fala sobre doping, principalmente no ciclismo.
A cidade de Pres. Prudente/SP é uma das sedes do jogos regionais, o maior celeiro de "futuros" atletas, em contato com a Federação Paulista de Ciclismo(FPC), para meu espanto não é realizado controle antidoping nos atletas para meu espanto. Será que realmente temos o que comemorar?
Doping nos Esportes
Jair Rodrigues Garcia Junior*
Jair Rodrigues Garcia Junior*
O doping é muito comum no meio competitivo, principalmente em eventos mundiais e também nacionais, onde se disputam vagas para os campeonatos mais importantes. O doping pode ser definido como a utilização de substância sintética ou natural (em quantidade anormal) que melhora de maneira artificial e desonesta o desempenho. Também causa prejuízo à saúde.
Há estimativas de que 60 a 80% dos atletas de nível mundial utilizem algum meio de dopagem em períodos de treinamento ou durante a competição. Em competições de halterofilismo (levantamento de peso), atletismo, lutas e natação são mais comuns os exames positivos. Há de se considerar o fato de que um exame anti-doping com resultado negativo durante a competição não significa que o atleta não tenha se dopado no período de treinamento.
Há diferentes meio de dopagem, sendo mais comuns os hormônios sintéticos e os fármacos (medicamentos). O tipo de competição e a exigência dos músculos definem o hormônio ou fármaco a ser escolhido. Em competições de força e velocidade são normalmente utilizados os esteróides anabólicos androgênicos durante o treinamento para aumentar a massa muscular. Em competições com atletismo, natação e esportes coletivos são utilizados anfetamínicos para aumentar o estado de alerta e diminuir o tempo de reação. Em competições de luta são utilizados diuréticos para perda do peso excessivo. Em competições de corrida e ciclismo de longa duração é utilizado o hormônio eritropoetina (EPO) que aumenta o número de hemáceas (células vermelhas) transportadoras de oxigênio no sangue.
Há estimativas de que 60 a 80% dos atletas de nível mundial utilizem algum meio de dopagem em períodos de treinamento ou durante a competição. Em competições de halterofilismo (levantamento de peso), atletismo, lutas e natação são mais comuns os exames positivos. Há de se considerar o fato de que um exame anti-doping com resultado negativo durante a competição não significa que o atleta não tenha se dopado no período de treinamento.
Há diferentes meio de dopagem, sendo mais comuns os hormônios sintéticos e os fármacos (medicamentos). O tipo de competição e a exigência dos músculos definem o hormônio ou fármaco a ser escolhido. Em competições de força e velocidade são normalmente utilizados os esteróides anabólicos androgênicos durante o treinamento para aumentar a massa muscular. Em competições com atletismo, natação e esportes coletivos são utilizados anfetamínicos para aumentar o estado de alerta e diminuir o tempo de reação. Em competições de luta são utilizados diuréticos para perda do peso excessivo. Em competições de corrida e ciclismo de longa duração é utilizado o hormônio eritropoetina (EPO) que aumenta o número de hemáceas (células vermelhas) transportadoras de oxigênio no sangue.
A EPO é normalmente produzida pelos rins para estimular a produção de hemáceas. Quando ocorre uma hemorragia, doação de sangue ou permanência num local de altitude elevada (acima de 2000 m), a produção de EPO aumenta naturalmente para que ocorra a reposição das hemáceas perdidas (primeiros dois casos) ou para aumentar o número de hemáceas e compensar a menor pressão (disponibilidade) de oxigênio da altitude elevada.
Alguns atletas recorrem à estratégia de treinar numa altitude elevada (e aumentar naturalmente a produção de EPO) justamente para aumentar sua capacidade de transporte de oxigênio e seu desempenho em competições de longa duração. Outros optam pelo uso da EPO recombinante (rEPO) que vem a ser uma proteína produzida em laboratório por bactérias que tiveram seu DNA alterado para que passassem a produzir justamente uma determinada proteína.
A EPO pode ser muito perigosa quando sua dosagem aumenta o hematócrito (concentração de células no sangue) acima de 55% (normal é 41-43%), tornando o sangue muito viscoso e seu fluxo mais difícil. Isso pode levar à formação de trombos e ao rompimento de artérias (infarto ou acidente vascular cerebral). Já foram registradas várias mortes em decorrência do uso de EPO, inclusive na mais famosa competição de ciclismo mundial, o Tour de France.
Sendo um hormônio protéico, a EPO não era detectada em exames anti-doping com amostras de urina. Com o início das testagens também durante o período de treinamento e com a coleta de sangue, os resultados positivos se tornaram mais freqüentes. Mas o que sempre houve e vai continuar ocorrendo é uma “disputa” tendo de um lado atletas que usam diferentes tipos de doping e estratégias para “mascarar” a prática e do outro lado especialistas bioquímicos, biomédicos etc, que procuram identificar meios cada vez mais precisos para detectar o doping.
* Jair Rodrigues Garcia Junior
Graduado em Educação Física (UNESP)
Mestre em Nutrição (UNESP)
Doutor em Fisiologia Humana (USP)
Professor do Curso de Educação Física da UNOESTE
Graduado em Educação Física (UNESP)
Mestre em Nutrição (UNESP)
Doutor em Fisiologia Humana (USP)
Professor do Curso de Educação Física da UNOESTE
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